Na Literatura Oral Tradicional integram-se enunciados cuja divulgação se faz por via da transmissão oral, por vezes durante séculos, de geração para geração, de comunidade para comunidade, de indivíduo para indivíduo — os contos e as quadras populares, as cantigas infantis, os provérbios, as adivinhas, as anedotas (o género mais vivo) são alguns desses enunciados de que todos nós, certamente, já fomos um dia transmissores.
De origem mais ou menos remota e o maior número das vezes de autor anónimo, estes enunciados registam-se na memória dos povos e fazem parte do conjunto das tradições, usos e costumes populares de um país. Podemos dizer que integram um conjunto vasto de tradições a par das festas, das danças, dos jogos, das crenças e das superstições, das rezas, da culinária... A produção e transmissão dos textos da literatura oral encontram-se, normalmente, associadas a outras práticas populares e quotidianas: pensemos, por exemplo, nas quadras “à desgarrada” em festas de aldeia, nas “Janeiras” cantadas de porta em porta em certas regiões, nas “rezas” entoadas em dia de trovoada, nos “romances” recitados por grupos de ceifeiros, ritmando o trabalho, nos contos de fadas que nos embalavam à hora de adormecer ou nas anedotas que contamos numa reunião de amigos. (Guia de Aprendizagem. Português. Ensino Secundário, Ed. ME, 1996 - adaptado)
Neste espaço vamos tentar iniciar hoje a publicitação de " quadras à desgararda"De origem mais ou menos remota e o maior número das vezes de autor anónimo, estes enunciados registam-se na memória dos povos e fazem parte do conjunto das tradições, usos e costumes populares de um país. Podemos dizer que integram um conjunto vasto de tradições a par das festas, das danças, dos jogos, das crenças e das superstições, das rezas, da culinária... A produção e transmissão dos textos da literatura oral encontram-se, normalmente, associadas a outras práticas populares e quotidianas: pensemos, por exemplo, nas quadras “à desgarrada” em festas de aldeia, nas “Janeiras” cantadas de porta em porta em certas regiões, nas “rezas” entoadas em dia de trovoada, nos “romances” recitados por grupos de ceifeiros, ritmando o trabalho, nos contos de fadas que nos embalavam à hora de adormecer ou nas anedotas que contamos numa reunião de amigos. (Guia de Aprendizagem. Português. Ensino Secundário, Ed. ME, 1996 - adaptado)
1) O vinho que aqui tenho
é filho da cepa torta
aos homens faz cantar o fado
às mulheres errar a porta
2) Venham copos e venha o vinho
venha mais uma canecada
o dinheiro paga tudo
não se fica a dever nada
3) Não há pão como o de trigo
nem carne como a de carneiro
não há vinho como o tinto
nem amor como o primeiro